A formação do capital social na América Central : violência política, repressão, dor e perda
Artigo
A formação do capital social na América Central : violência política, repressão, dor e perda
Booth, John A. | Richard, Patricia Bayer | 2001
Resumo
A repressão do Estado procura dissuadir os cidadãos de se oporem ao regime e seus programas e fazer com
que a sociedade civil e o capital social sirvam aos seus propósitos. Essa repressão pode ir de formas leves de
coerção e intimidação ao extremo de infligir dor física aos cidadãos. Os insurgentes também podem reprimir e
infligir dor aos cidadãos e assim moldar seus comportamentos e atitudes. Nas décadas de 1980 e 1990, os
Estados da América Central e seus oponentes empregaram níveis muito variados de repressão e violência
política. No interior dessas nações, os indivíduos perceberam de modo diferenciado a violência e sofreram graus
variados de dor e perda. Utilizando dados de surveys dos anos 90 para seis países centro-americanos a fim de
examinar os efeitos sobre o capital social da repressão, da violência política percebida e da dor e perda
resultantes, concluímos que a repressão sistêmica e a percepção da violência política afetam significativamente
a sociedade civil (envolvimento em grupo) e variedades do capital social (participação política, normas
democráticas e antidemocráticas, alienação das eleições e disposição para utilizar táticas de confrontação
política). Os efeitos da dor e da perda são menos claros. Embora a repressão busque refrear a participação e
moldar normas de submissão, seus efeitos na América Central são complexos e, às vezes, inconsistentes com
esses objetivos porque ela promove um nível de organização comunal cada vez maior e certas formas
confrontadoras de capital social. State repression seeks to dissuade citizens from opposing the regime and its programs, and to bend civil society
and social capital to regime purposes. Such repression may range from lesser forms of coercion and intimidation
to the extreme infliction of physical pain upon citizens. Insurgents, too, may repress and inflict pain upon citizens
and thus shape their behavior and attitudes. Central American states and their opponents in the 1980s and early
1990s employed widely varying levels of repression and political violence. Individuals within these nations
differentially perceived violence and experienced varying levels of pain and loss stemming from it. Using 1990s
survey data from six Central American nations to examine the effects of repression, perceived political violence,
and resultant pain and loss upon social capital, we find that repression at the systemic level and the perception of
political violence significantly affect civil society (group involvement) and varieties of social capital (political
participation, democratic and antidemocratic norms, alienation from elections, and willingness to employ
confrontational political tactics). The effects of pain and loss are less clear. While repression seeks to constrain
participation and mold compliant norms, its effects in Central America are complex and sometimes inconsistent
with such goals because it promotes increased communal level organization and certain confrontational forms of
social capital.
Assunto(s)
Democracia; Violência; Política; Repressão; Perda; Oposição; Regime político
Outros assuntos
América Central; Costa Rica; El Salvador; Guatemala; Honduras; Nicarágua; PanamáReferência
BOOTH, John A.; RICHARD, Patricia Bayer. A Formação do Capital Social na América Central: violência política, repressão, dor e perda. Opinião Pública, Campinas, v. 7, n. 1, p. 75-99, 2001.
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