Magnitude eleitoral e representação de mulheres nos municípios brasileiros
Artigo
Magnitude eleitoral e representação de mulheres nos municípios brasileiros
Meireles, Fernando | Andrade, Luciana Vieira Rubim | 2017
Resumo
Testa a hipótese corrente na literatura sobre representação política de mulheres de que sistemas mais proporcionais aumentam as chances de mulheres serem eleitas. Explorando uma regra estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2004 e 2008, que fixou o número de vereadores de cada município de acordo com o número de habitantes, utilizou-se regressão descontínua (RD) para estimar o efeito causal de uma cadeira a mais na representação política de mulheres nas câmaras municipais. Os resultados mostram que este efeito é substantivo: onde havia uma cadeira adicional, quase 40% mais mulheres foram eleitas, e a probabilidade de um município eleger ao menos uma mulher aumentou em cerca de 20 pontos percentuais. Por outro lado, a explicação deste fenômeno contraria as hipóteses da literatura: especificamente, mostra-se que uma cadeira a mais aumentou apenas o número de candidatos homens concorrendo, o que fragmentou suas votações e os deixou com desempenhos eleitorais piores. Deste modo, mesmo não tendo suas votações afetadas pelo número de cadeiras, mais mulheres acabaram eleitas.
Assunto(s)
Representação política; Mulher; Câmara Municipal; Sistema eleitoral; Sistema proporcional
Outros assuntos
Mulheres na políticaReferência
MEIRELES, Fernando; ANDRADE, Luciana Vieira Rubim. Magnitude eleitoral e representação de mulheres nos municípios brasileiros. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 25, n. 63, p. 79-101, set. 2017.
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